Esperar-te-ei nas terças quentes de verão porque o sonho ainda não acabou - apenas começou. Houve uma pausa que me causou um certo rubor. Tanto pudor em querer-te apenas num segundo.
Vem o domingo, procuro-te no vago vento que toca meus cabelos em movimento. Quero crer que são suas mãos me tocando.. Mãos grandes, mãos que alisam sentimentos.. Mãos profundas , oriundas de toques e retoques. Caminho alheia entre as flores de cerejeiras, sinto o perfume que me faz ter um rumo qualquer.. Olho para o nada da tarde vazia, ouço vozes confusas, obtusas e me recuso a participar dessa monotonia. Cai a noite, e... Nada.. Silêncio vazio, ouço pássaros na varanda. Ouço minha voz muda a te chamar, e...
Simplesmente adormeço.
Oponho-me às segundas, já que não quero passá-la. O tempo vem lentamente e a curva da estrada que fito estão em desalinho. Penso que você vem.. E.. Invariavelmente você não vem... A chuva cai indiferentemente ao meu calor. Meu corpo arrepia ao saber que uma noite fui sua , tão nua quanto a lua que não vejo agora. Calculo o tempo que está através do segundos em que movimento. Uma eternidade de ausência que consequentemente apaga ao te encontrar. Mero acaso. Acaso existencial. A noite um calor excessivo me faz ficar na ansiedade do breu profundo em que me encontro.
Ainda estou na exausta segunda. Não me pergunte o porquê.. O tempo parece que parou... A lua mudou e a estação - verão fez-se outono carregado de abandono. Noites com sol..
As madrugadas são feitas de sonos e ausências.
As madrugadas... Perco-as para pensar em você - longe de mim.
Um tempo curto que atravessa vontades e desenha teu rosto na parede que abriga. Você me atrai, é fato.. Você me faz sentir serena, enquanto o mundo pena com seus desajustes. Você é meu ajuste incontrolável.
E consequentemente chega a terça tão esperada. Época de um reencontro previsto. Não sei ao certo se ao te ver corro para teus lábios , ou, para seus abraço.. Se
peco pro essa euforia, ou, paro para admirar sua energia. Não sou ilusionaria, nem tão pouco realista. Travo batalhas dançantes que volta . e meia fogem do som. São rituais que faço ao ouvir uma canção - aquela canção.. (Vem me fazer amor, vem me fazer amor).
Ouço novamente seu tom. Embora calma, sinto arrepios.. Embora tensa, sinto-me suspensa. E levitando alcanço tua alma que por um momento eu toquei.
Minhas ilusões estão diretamente liga ao teu raciocínio lógico. Não tenho medo do que virá na quarta seguinte, nem na quinta variante. O importante é que a minha razão não te contenha e nem me abstenha do meu, seu, prazer..
O importante é essa ilusão que na minha mente se transforma em um bem querer. Essa emoção pode não ser duradoura, pode ser promissora, pode ser apenas um nós, e virar pó.
Sendo assim, embarco-me nesse imenso labirinto onde eu posso não sair, onde as linhas das entrelinhas sobreviverão ao breu da terçao-feira.
Começando pelo
começo de algumas palavras escritas..
Como se fosse um
duelo harmônico de palavras iguais vindas de pensamentos diferentes. As
palavras são as mesmas, estão soltas. O modo que a conduzimos que nos
diferencia dos demais.. A expressão exata da linguagem sobrepõe pensamentos
inexato formando um continuo diálogo. O momento flui se a pessoa que estiver
pensando comigo caminhe ao meu lado.. A estrada que percorremos é a mesma. O
mundosó fica igual se formos iguais a
todos.O que me diferencia?
Todavia – Toda via é curta.Toda curta é a metragem do nosso fim. Não se
mede valores, se adquire.. Não se pesacalores, se sente. Não se mede uma dor. O tamanho é proporcional ao
valor que damos a ela. Ou sofre demais ou de menos. Ou sofre prafora ou vem de dentro.Prefiro sofrer pelas laterais..
Às vezes me
distancio de sua presença.Recuar não é
fraqueza. Observar palavras de alguém não particular é sutilmente vê-lo através
dos olhos da linguagem silenciosa...
O silencio fala mais quepalavras soltas vindas de uma salade estar, onde todosquerem
avidamente fazer parte de algum submundo igualmente metódico com um pouco de fórmulas
irracionais.Não sabem mais como
conduzir uma palavra ao outro.
Somos vazios de quê? (Pergunta insólita) – somos vazios
de nada.
Estaríamos
preocupados com as vias dos fatos? E a guia dos atos?
Oh! Daí-me uma gotad’água, tenho sede de palavras raras e clássicas!
Daí-me palavras
soltas, para que eu possa respondê-lo tão ágil ...Como o voo daquela Gaivota.
Esse rascunho
estará sujeito à alterações poéticas simulandoum desafio para um remendo final. Como uma colcha de retalhos. Primeiro
procura-se os diversos panos sentimentais. Escolhe as cores , as dores, e, o
tamanho não importa. Mas.. Molda-se.
Os retalhos são
amarrados lado a lado, surgindo uma enorme teia de diferenças e igualdades.
Somos retas com atalhos feitas pelas curvas de algum pensamento igual.. Os
iguais se atraem no fato.. Os desiguais se distraem no ato.
O mundo!- Esse mundo, corre numa velocidade
estonteante. As pessoas concretas andam apressadamente. Entrame saem dos edifícios humanos sem saber onde
estão. Não se olham nos olhos. Não se beijam com bocas de falar
No mundo das
palavras as expressõeslabiais
juntamente com o olhar dos olhos e a linguagem do corpo formam uma irônica sinfonia
onde tocam violinos dedilhados pelo toque sutil de um sorriso - A continuidade
da musica numa dança onde dois corpos se unem na mesma melodia. É preciso
sorrir das vias e dos vãos.
Tenho queembaralhar as silabas manuscritas desse texto
e coloca-as em ordem e evidenciar minhas madrugadas quase silenciosa.
Demim vem o barulho das letras vivas em meus
pensamentos sombrios.
A noite é negra,
sem lua, ebranca.. De fora ouço pingos
metafóricos de alguma lágrima transparente. A exuberância das minhas palavras
contradiz com meu falho vocabulário. A simplicidade das letras é irreversivelmente
desproporcional ao teu/meu pensamento. A sonolência em que situo me deixa oca
por alguns 10s,o suficiente para que as
respostas ágeis voem para teuolhos longínquos
.
Para quê ler o
obvio da minha existência?Somos
leitores assíduos com visões turvas e circunstanciais. Gosto das minhas rasuras
irremendáveis!. Gosto!. A caneta
digital apaga o que meu pensamento escreve agora, e, é...
É preciso dar lugar
a outras formas de poemas loucos.
É preciso dar uma
solução para a cabeça da dor, antesque
ela tome, não só o corpo, mas também o espírito. A morte dos vocábulos vãos é
essencial para o crescimento espiritual. Não se deve pensar ao acaso.Vivemospor tempos determinados, e morremos indeterminadamente, para renascer
brutalmente,em dias iguais.
Meus dias são quase desiguais, minha manhã é sonolenta e
perpendicular à gramática dos teus movimentos.Corrijo-me nos intervalos da claridade de uma noiteem branco. O cheiro forte do caféda cozinha que antecede àquela sala de estar
me acorda suavemente. Embaralho agora minha mente e levanto meusdias “aparentemente” iguais.
Meu corpo reage a correria dos sons que ouço da minha
janela.Não quero correr
temporariamente.
Não quero partir sem antes dizer-te:- vou
tropeçar em você em alguma junção de corpos e matérias, em pensamentos e
sorrisos, em algum beijo de bocas falantes irreversivelmente incoerentesao sabor do vôo de uma gaivota.
Entre o obvio e a loucurae a loucura que me cura,opto pela insanidade letárgica .Entre quadros e molduras rabisco ilegalmente
algo inesperado e tão esperado por mim..Algo entre laçados como vicious , como
um inicio de um pensamento trivial. Caminho sensualmente com passos lentos para
o obscuro do que penso ser.. Penso ser, penso seruma janela..
Entretelas e cores, moldo um rosto pelo som da
guitarra que ouço agora.Rosto
invisívele corrigível..Posso moldá-lo
como eu quiser. Você é riacho, eu acho.. Que conduz as águas em forma de uma
linguagem erudita..
O mundo sorve pedaços de
arranjos esotéricos, ilustrandoas cores
do que possa vir acontecer- Nada , absolutamente nada, irá acontecer entre
tantos pensamentos descoordenados..Bem
pensados.. Alienados..
Entre tons o meu oposto busca-te impreterivelmente
sem pudor.. (rubor).. So lidifico-me dando vazão
Os dispostosse atraem,os palhaços se distraem... Reinvento letras sem sentidoe entorto a boca pra poder modificar
silabicamenteo tom de minha voz
pálida..
Liquidifico-me , misturo
sorrisos e frases soltas entre os dentes , o verso sai sem talento ..Uso da matemática para atrair dois em um..
Sem nós, sem me prender na música atual
Entre tantos desenganos,
danos, e panos de retalhos, conduzo minha vida metaforicamente entre os
vampiros da noite clara, sem lua..
O que nos faz tão perto , o
que nos faz capela, captada de uma tela qualquer..?
O que nos faz ?
O que?
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando, dançando
Eu não
publico notas, nem tanto pouco faço rotas. Percorro primaveras com cheiro de
verão. Percorro curvas e o tempo gasto não me falta, embora tenha certeza de
que tudo passa enquanto estou parada nesse labirinto de pensamentos. Não me
julgo, tão pouco julgo a verdade que recusa aparecer. Me sinto apropriada a
dizer-te o quanto estou estática.Mudar
significa recusar o velho e apreciar o novo, jogar o lilás da minha roupa e
ousar o instante – provocar sorrisos. Nada de novo. Submeter à idéia de que o
sol toca meu rosto e me faz sentir uma sensação inenarrávelé deliciosamente cabível ao meu prazer.
Há flores
no seu jardim oculto. Há um vão entre a realidade e sua música. Há um senão sem
sentido, sem razão, sem...(reticências), ponto final. Aprecio o que desfaço
somente porque tenho laços sem nós. Não amarro a linha por ela ser tênue e
indiscreta. Desejo o obvio, porque o obvio me atrai disfarçadamente. Gosto de
escrever pensando que vai ler esse texto. Gosto de pensar isso. Gosto... As circunstâncias
criam cores, dores, flores. Tudo que me lembra um certo você. A ordem dos fatos
altera somente a falta da sua presença. Isso me atrai. Isso me atrai... Atrai.
Tenho a
sensação de que o tempo parou para pensar em mim. Minha afirmação tem um sabor
de café fresco. Uma sensação seguida de dias, seguidas de horas por começar.
Nada que não possa ser feito vagarosamente. Nada...
Então,
desci daquele palco me sentindo estrada sem entranhas. Não que estivesse
atuando a todo instante. Não. O modo de ver a imagem que faço de você tem
relação com a possível descoberta das pontas. Pontas com buracos inteiros de
horas por fazer. .. Parece estranho, não? Sim, no inicio pode ser um tanto
difícil de assimilar aquele obvio que tanto desejo.
Sinto
falta daquela timidez corriqueira da minha vida corrida. Embora nua, me visto
de palavrase invisto naquele novo. O
que me seduz nessa total falta de junção é a maneira que levo você no o meu
olhar. Olhares por absorver.
Não alcanço
metas, sigo as setas sem indicações. Talvez isso me faça ser melhor na razão
inversa do seu pensamento. Naturalmente o filme que assisto não terá um fim,
mesmo que me separe em partículas. O mundo só gira se eu prestar atenção ao meu
redor do contrário a vida segue sem sequer notar a música que toca no meu
interior. Nada filosófico. Nada político.
Há um
consenso entre o limite da razão e o vôo da gaivota. Hoje é sexta, dias iguais.
Todavia.. Você vem... Você chega... Você parte.. E a sexta continua na mesma
ordem da sua partida. Na mesma ordem do universo. Deixando-me em desordem..Talvez no sábado,
algum dia da semana eu o vejo no concreto dos meus olhos pretos.
Porem não
se iluda se uso provérbios nas conjunções, porque enquanto chão a estrada não
muda, e eu não só escrevo abertamente como também inicio verbos passionais.
Entretanto desengano, talvez use palavras consecutivas. Talvez não.
A
surrealidade de minhas idéias justificam a ausência da realidade. Sou abstrata
e real. Sou obsoleta no momento em que me vejo cruelmente podada.
– Não me podem.. Sinto-me pedra.– Não me joguem...Sinto-me lançada.
- Deixe-me ser chão. Deixe-me enquanto eu, enquanto dia
... E...Enquanto vou...